Conheça as emissões de gases de efeito estufa do Brasil

O SEEG é a principal plataforma de monitoramento de emissões de gases de efeito estufa na América Latina e uma das maiores bases de dados nacionais de emissões do mundo. Ele fornece estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa no Brasil para todos os setores da economia, numa plataforma on-line de fácil acesso com dados que vêm desde 1970, além de análises e soluções para tomadores de decisão. Os dados do SEEG visam informar as políticas públicas de mitigação, bem como dar transparência à sociedade sobre as trajetórias de redução de emissões do país.

Entenda o SEEG

O que é

O Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) é uma iniciativa do Observatório do Clima que compreende a produção de estimativas anuais das emissões de gases de efeito estufa no Brasil, documentos analíticos sobre a evolução das emissões e uma plataforma digital que abriga os dados do sistema e sua metodologia.

Todos os dados do SEEG são disponibilizados em uma plataforma digital com mais de 150 milhões de registros e tabelas dinâmicas, onde é possível consultar os dados usando diferentes filtros, assim como fazer download da base de dados completa. Os dados são amplamente utilizados em análises e publicações referentes as emissões de gases e mitigação climática, para citar os dados utilize: “Fonte: SEEG – Sistema de Estimativa de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa, Observatório do Clima, acessado em [data] – seeg.eco.br”. 

O SEEG estima as emissões de gases de efeito estufa nos cinco principais setores emissores no Brasil – Agropecuária, Energia, Mudanças de Uso da Terra, Processos Industriais e Resíduos, dentro do escopo dos inventários nacionais. As emissões são alocadas para as 27 Unidades da Federação e mais de 5.000 municípios do país. As coleções do SEEG apresentam uma série histórica iniciada em 1970, com dados atualizados até o ano anterior ao lançamento de cada coleção, exceto para o setor de Mudança de Uso da Terra, cuja série começa em 1990.

A metodologia do SEEG incorpora todas as categorias de gases de efeito estufa reconhecidas no inventário nacional. Os dados são apresentados em gás carbônico equivalente (CO2e), tanto na métrica GWP (potencial de aquecimento global) quanto GTP (potencial de mudança de temperatura global). Para garantir a consistência científica, os fatores de conversão utilizados seguem os parâmetros estabelecidos nos 2º, 4º e 5º relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), conhecidos como AR2, AR4 e AR5.

Os gases de efeito estufa considerados pelo SEEG incluem dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O) e os hidrofluorocarbonos (HFCs). Esses gases representam os principais contribuintes para o aquecimento global e são monitorados detalhadamente para facilitar a compreensão de suas fontes e propor estratégias eficazes de mitigação no Brasil.

Além de identificar as emissões de gases de efeito estufa em tempo real, oferecer anualmente pacotes de dados, relatórios e infográficos sobre as emissões nacionais, o SEEG mapeou e compilou, de maneira didática, ações de mitigação e adaptação no âmbito municipal a fim de promover o desenvolvimento sustentável com redução de emissões, instrumentalizando e engajando atores-chave para enfrentarem esse desafio, clique aqui para acessar o documento de referência. 

O SEEG estreou em formato piloto em 2012 e, em 2013, foi incorporado ao OC (Observatório do Clima), uma rede que reúne mais de uma centena de organizações da sociedade civil. Essa articulação tem como objetivo construir um Brasil descarbonizado, igualitário, próspero e sustentável, enfrentando a crise climática. 

A coordenação técnica do SEEG é realizada por quatro instituições integrantes do OC, cada uma responsável por áreas específicas de análise. O IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) lidera os estudos sobre mudança de uso da terra, enquanto o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola) foca na agropecuária. O IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente) aborda os setores de energia e processos industriais, e o ICLEI (Governos Locais pela Sustentabilidade) contribui com expertise na gestão de resíduos.

Além dessas instituições, o SEEG é fruto do esforço coletivo de muitas equipes ao longo de sua trajetória. Você pode conhecer quem faz parte da iniciativa atualmente e quem já colaborou com a produção de suas coleções de dados no passado clicando aqui.

O SEEG já recebeu ou recebe financiamento de diversas organizações, incluindo GMH (Global Methane Hub), ICS (Instituto Clima e Sociedade), CLUA (Climate and Land Use Alliance), Fundación Avina, Fundação Porticus, OAK Foundation, Rainforest Foundation Norway, European Union’s Partnership Instrument, and the German Federal Ministry for the Environment, Nature Conservation, and Nuclear Safety (BMU) in the context of the International Climate Initiative (IKI). 

GASES DE EFEITO ESTUFA NO BRASIL

Os dados do SEEG são apresentados no padrão internacional GWP AR5, o mesmo fator utilizado pelas equipes responsáveis pela Contribuição Nacionalmente Determinada do Brasil (NDC) — as metas e compromissos de redução de GEE que o país assumiu no acordo de Paris em 2015. As estimativas apresentadas incluem todos os gases do efeito estufa (GEE), tais como: gás carbônico (CO2), metano (CH4), dióxido de carbono (N2O) e hidrofluorcarbonos (HFCs), estando agrupados em diferentes temas. Clique nos quadros acima para acessar os painéis onde você pode visualizar, analisar e baixar gratuitamente os dados compilados pelo SEEG.

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